O encerramento do Jubileu das Aparições, em 31 de Outubro, decorreu em Lisboa, pois em Fátima ainda não havia basílica. Foi certamente um dia emotivo para a maior parte dos portugueses.
Mas nesta primeira página do Diário do Minho do dia seguinte não se alude à Consagração, o que é estranho. Se o comum das pessoas não a esperava, nos meios eclesiásticos deveria ser diferente...
Em Fátima porém vibraram com ela o P.e Mariano Pinho e o seu amigo P.e Abel Guerra; em Balasar, a Beata Alexandrina emocionou-se.
Quando por um telegrama tive conhecimento da consagração do mundo à querida Mãezinha, Jesus deixou-me ter uns rápidos momentos de consolação.Fora de mim, não sabia como agradecer a Jesus e à Mãezinha. Levantava as mãos ao Céu e dizia:Bendito Jesus, bendita a Mãezinha!Parecia-me que ia eu mesma metre o Santo Padre inteirinho no Coração de Jesus e da Mãezinha. Que alegria, que alegria! (...)Rezei o Magnificat e mandei acender uma lâmpada em honra da Mãezinha.
Veja-se este telegrama vindo de Roma no dia seguinte:
Finda a leitura da sua mensagem para Portugal, Sua Santidade recebeu, na Sala do Trono, o embaixador português Dr. Carneiro Pacheco e esposa, bem como o pessoal da Embaixada, alunos do Colégio Português e membros da colónia eclesiástica portuguesa em Roma.Todas estas individualidade escutaram, na referida sala, a mensagem papal. O.F.I.
Há uma fotografia que regista um momento da proclamação da Consagração:
As pessoas referidas no telegrama, ainda não refeitas do espanto de terem ouvido a Proclamação da Consagração, que era um acto duma importância suma, em que o Papa punha toda a sua autoridade de sucessor de Pedro, perguntaram a Pio XII se aquilo era a sério. Sua Santidade confirmou que sim.
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